Sobre o Autor
C. Stephen Jaeger (1940–) formou-se na Universidade da Califórnia, com passagens também por Tubinga e Viena; é Professor Emérito do Departamento de Literatura e Língua Alemã e de Literatura Comparada da Universidade de Illinois, dono de extenso currículo acadêmico e merecedor de vários prêmios e homenagens. É autor também de “The Origins of Courtliness: Civilizing Trends and the Formation of Courtly Ideals, 939-1210” (1985), “Ennobling Love: In Search of a Lost Sensibility” (1999), e “Enchantment: On Charisma and the Sublime in the Arts of the West” (2012). Em 1995, “A inveja dos anjos” ganhou o Prêmio Jacques Barzun em História da Cultura.
- Editora : Kírion; 1ª edição (25 junho 2019)
- Idioma : Português
- Capa comum : 608 páginas
- ISBN-10 : 8594090250
- ISBN-13 : 978-8594090256
- Dimensões : 23 x 15.6 x 3 cm
Descrição
Antes do surgimento das universidades, a máxima das escolas catedrais do século xi era formar os alunos nas “letras e costumes”, ou seja, aperfeiçoar neles não só o conhecimento teórico, mas sobretudo a postura, os modos e a eloquência. Muitos foram os jovens que ingressaram nessas escolas para de lá ressurgirem como grandes bispos, conselheiros reais, santos e beatos. Com frequência referiam-se a esses centros de ensino como “uma segunda atenas”, “uma segunda roma”; os mestres eram chamados de “nosso platão”, “nosso sócrates”, “um segundo cícero”. Seu princípio fundamental era que a verdade se expressa na personalidade humana, em sua conduta, em seu porte, e sua pedagogia se baseava na irradiação, a partir da presença física do mestre, de uma virtude transformadora. Tão maravilhosa é essa força que os próprios anjos poderiam invejar dos homens esse magnífico dom. Neste livro, jaeger explora esse intrigante capítulo da história da educação e inaugura uma nova visão sobre a vida intelectual e social dos séculos xi e xii na europa. “visitaremos aqui as escolas catedrais do século xi. Nós as tomaremos desde o ponto de vista dos seus objetivos, valores e ideais. Essas instituições foram humanistas em diversos sentidos da palavra: miravam o desenvolvimento do indivíduo como um todo, sua integração à sociedade, seu papel na política e na administração; buscavam humanizar o indivíduo, e por meio do ser humano individual, a sociedade. Baseadas em modelos clássicos, cultivavam a poesia, a oratória e a conduta”.